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Sentimento de conexão

  • Foto do escritor: romagon2076
    romagon2076
  • 17 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura


Mesmo sem percebermos, estamos conectados com a nossa família, com os nossos amigos, com a cidade em que vivemos ou com a natureza, mesmo que seja um vaso de planta; até com pessoas famosas sentimos conexão, nos quais há identificação*. Ao começar a conversar com um desconhecido, quando este fala o seu nome e começa a contar sobre a sua vida e gosto pessoais, também ocorre uma conexão, mesmo que só no momento da conversa. Quando estamos conectados pode surgir um sentimento de pertencimento, o agradável sentimento de pertencer a um grupo, a uma comunidade.

Atualmente, a grande maioria das pessoas passam o dia inteiro conectados com as pessoas e o mundo de modo virtual. Mas, isto não é de todo ruim. O virtual “salvou” muita gente da solidão e da falta de perspectiva na pandemia da Covid-19. Não obstante, como é gratificante ver alguém pessoalmente! A energia é diferente.


"A necessidade de pertencer e se conectar com os outros é uma questão humana universal, mas as maneiras pelas quais os indivíduos representam seus relacionamentos são culturalmente variáveis" afirmou o Doutor em Neurociência Cognitiva Yuri Busin.[1]


Em se tratando de si próprio, o sentimento de conexão evidencia-se quando estamos “de bem com a vida”, ao fazer coisas que gostamos, que acreditamos.


Quando há autocobrança, estresse, tristeza, quando não conseguimos interagir com as pessoas e, no mesmo instante, existe o incomodo da solidão, o que se pode fazer, como nos reconectar?



Questões internas reprimidas, ignoradas, criticadas podem quebrar a ponte que nos liga ao outro (ver sobre anima, animus, os denominados arquétipos da relação), quer seja um amigo, ou ao seu próprio estado interno.


O ato em falar com as pessoas e consigo mesmo, escutar, se escutar, interagir, ser gentil, paciente, ter momentos de reflexão, em muito ajuda e estimula vínculos. Contudo, este trabalho não precisa ser de modo autoritário e solitário, pode ser atuado aos poucos, devagar. Mas, que precisa ser diário, fluído, para se criar o hábito de uma necessidade básica como se alimentar e beber água.


Somos seres comunitários, precisamos um do outro para sobreviver. Pois, é o outro quem planta por nós, quem transporta coisas por nós. São sempre outras pessoas quem fazem as manutenções para o bom funcionamento da nossa internet. Recorrer ao outro, como um profissional, a alguém que acreditamos que vá nos acolher, quando estamos em crise pessoal, sempre é um bom caminho.


Conectar-se gera amor e vice-versa. O amor “cria condições para profundas descobertas da própria individualidade. ” Provoca o encontro e o conhecimento “em mim uma dimensão diferente, a dimensão do sagrado que confere uma nova densidade à minha existência. ”[2]

O amor é uma força interna que nos faz enxergar e valorizar a nós mesmo e aos outros, tais como são, sem idealizar e fantasiar com nossos desejos mesquinhos. O amor o tem poder nos fazer enxergar além de nós mesmo[3], conectando-nos com a vida; é um processo que melhora as relações de pertencimento consigo e com as pessoas, estimula empatia, ações colaborativas, relações confiáveis e respeitosas.



* “Uma projeção inconsciente da personalidade do indivíduo sobre o outro, seja pessoa, lugar ou outra figura, capaz de fornecer ou uma razão de ser ou um modo de ser.” (SAMUELS, A; SHORTER, B; PLAUT, A. Dicionário crítico de análise junguiana.)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] CASTRO, D. Conexão social melhora comportamento individual e bem-estar em épocas de turbulência. Acessado em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2023/01/conexao-social-melhora-comportamento-individual-e-bem-estar-em-epocas-de-turbulencia.shtml [2] MOLINA, S. Relacionamentos humanos sob a ótica junguiana. Acessado em: https://blog.ijep.com.br/relacionamentos-humanos-sob-a-otica-junguiana/ [3]JOHNSON, R.A. We - a chave da psicologia do amor romântico.



Até a próxima


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