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A importância dos erros e dos fracassos

  • Foto do escritor: romagon2076
    romagon2076
  • 16 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Quem age fracassa

Quem se apega perde

Lao Tsé


Agir gera consequências. Só aquele que resignasse a não ter atitudes é quem não erra. Errar dá-nos a sensação do fracasso, de errar pelo mundo. Gera feridas no ego, ficamos como que quebrados, em luto, inertes, desnorteados. No entanto, estes resultados podem nos ensinar a conhecer os nossos próprios limites.


"As vitórias são efêmeras, bem como, as derrotas." José Soares*


A monja Coen afiança que “ o fracasso pode ser uma alavanca de transformação.... Onde foi que eu falhei? O que eu aprendo com meu fracasso? No que eu preciso focar para fortalecer em mim? Eu tenho que usar isso como um instrumento de crescimento, não como de depressão. A gente aprende, como diz o Mário Sérgio Cortella, corrigindo os erros. Não é errando que se aprende. O erro, o fracasso, nos faz verificar onde foi e é bom meditar, pensar, verificar com as pessoas a sua volta, onde é que o erro aconteceu para que não se repita, para que corrija este erro e corrigindo o erro nós melhoramos. [1]


O erro como experimentação, experiência de vidas. Errar faz parte do nosso aprendizado. Basta observar as crianças, elas aprendem brincando, caindo e se levantando. Elas provam os erros e transformam uns em acertos, os mais velhos ajudam-nas e elas caminham desenvolvendo-se.


Em entrevista ao El País, o Filósofo Charles Pépin afirmou que errar é o que nos torna humanos, que “o fracasso nos ajuda a nos reorientar e a nos reinventar.” Expoentes da nossa história erraram muito “de Thomas Edison a Steve Jobs”, que no método científico os erros ocorrem a exaustão ”até atingir um resultado satisfatório” e que até o filósofo “Hegel considerou que as experiências negativas eram necessárias”. Noções que, infelizmente a nossa sociedade ainda não aprendeu por estar “doente, porque é incapaz de aceitar o erro” e a prova se vê nos jovens e trabalhadores traumatizados, depressivos e suicidas, pois foram proibidos em fracassar. Ele salienta que, “chegaremos mais longe se o adotarmos (o fracasso) e o corrigirmos do que negando sua existência”. [2]


"Cada fracasso ensina ao homem algo que ele precisava aprender." Charles Dickens


Jung aprendeu que “os maiores e os mais importantes problemas da vida são, no fundo, insolúveis... Nunca podem ser resolvidos, é possível superá-lo... e se fixar num conflito gera doenças. ”[3]


Fracassar gera incertezas, mas também gera mudanças, possibilidades, “podem favorecer o processo de cura no sentido do processo de individuação ou de caminho em direção à inteireza do ser.”[4]


“Deformidades, defeitos e falhas são elementos constitutivos de nossas psiques. ”[4] Com sabedoria, que também está ligada a arte em se ajustar aos momentos difíceis**, podemos tornarmos resilientes como na arte japonesa kintsugi que usa a técnica de restauração em cerâmicas e porcelanas quebradas, devolvendo assim, a sua utilidade e beleza.




* SOARES, J. O que Seria o Fracasso?

** Um profissional qualificado pode te ajudar nestas questões.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


[1] CAVALCANTE, I. "Líder não é aquele que está mandando". Acessado em: https://www20.opovo.com.br/app/opovo/paginasazuis/2016/08/22/noticiasjornalpaginasazuis,3650596/lider-nao-e-aquele-que-esta-mandando.shtml [2] VICENTE, A. O filósofo que analisa as virtudes do fracasso, de Thomas Edison a Steve Jobs. Acessado em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/03/cultura/1514978576_244946.html [3] JUNG, C. G. Estudos Alquímicos. [4] CAETANO, A.A. M. O erro na psicologia analítica: sombra ou luz?


Até a próxima



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